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Moreira não vai "perder mais tempo" com o metrobus

Moreira não vai "perder mais tempo" com o metrobus

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou esta segunda-feira que não vai “perder mais tempo” com o metrobus e que deixa esse assunto para o próximo executivo.

“Eu não vou perder mais tempo relativamente a esta matéria (…) e deixo o aviso de que o próximo executivo deve ter todo o cuidado na transferência desta competência específica da Metro do Porto para a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), para salvaguardar aquilo que são os interesses da STCP e verificar — enquanto autoridade de transportes — que esta transferência é feita nos moldes que nos parecem mínimos, que é a garantia de uma salvaguarda técnica, que nós neste altura não temos”, afirmou Rui Moreira na reunião de executivo desta segunda-feira, onde disse ainda que a autarquia não tem nenhuma salvaguarda de que o projeto vai ser viável.

O autarca revelou que a autarquia recebeu, na semana passada, uma carta do ministério das Infraestruturas e Habitação, tutelado pelo ministro Miguel Pinto Luz, sobre o memorando de entendimento quadripartido entre o Estado, a Câmara do Porto, a Metro do Porto e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e distribuiu pelos vereadores das várias forças políticas eleitas a sua resposta ao ministro, numa carta a que a Lusa teve acesso.

“Este memorando deveria definir as responsabilidasdes relativamente à transferência futura da operação do metrobus para a STCP, processo que se arrasta desde maio de 2023 (…) e as preocupações do município não foram atendidas, designadamente a responsabilidade que a Metro do Porto poderá vir a ter no caso do projeto não ser viável”, pode ler-se na resposta de Moreira, datada de sexta-feira.

Na carta, o autarca disse considerar que a tutela permitiu “objetiva e tactitamente” que a Metro do Porto “desinformasse a população” ao permitir que esta anunciasse em julho de 2024 que o serviço se iria iniciar a tempo da abertura do ano escolar, em setembro do mesmo ano.

“Entendo que, neste momento, não há condições objetivas para continuar a resolver um problema complexo, que só não é premente porque estamos a falar de um projeto do Estado que teve o seu início, mas não parece ter fim. Em qualquer caso, não estará concluído na vigência do meu mandato autárquico. Deverá, por isso, ser o novo executivo municipal a tratar desse assunto com o Estado e com o seu ministério”, escreveu.

[A polícia é chamada a uma casa após uma queixa por ruído. Quando chegam, os agentes encontram uma festa de aniversário de arromba. Mas o aniversariante, José Valbom, desapareceu. “O Zé faz 25” é o primeiro podcast de ficção do Observador, co-produzido pela Coyote Vadio e com as vozes de Tiago Teotónio Pereira, Sara Matos, Madalena Almeida, Cristovão Campos, Vicente Wallenstein, Beatriz Godinho, José Raposo e Carla Maciel. Pode ouvir o 8.º e último episódio no site do Observador, na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube Music. E o primeiro episódio aqui, o segundo aqui, o terceiro aqui, o quarto aqui, o quinto aqui, o sexto aqui e o sétimo aqui]

o zé faz 25 — imagem para link nos artigos

A 07 de junho, a STCP, futuro operador do metrobus, considerou “inviável” a inversão de marcha em contramão no topo da avenida da Boavista, e afirmou que quer o veículo a contornar a rotunda, evitando comprometer o serviço e congestionar o trânsito.

A STCP descreveu que, durante os ensaios, “o veículo teve de invadir várias vias adjacentes à sua faixa dedicada, exigindo a interrupção completa dos restantes fluxos de tráfego” e que “não se reúnem as condições” para a manobra ser feita de “forma repetitiva e segura em contexto real, sem qualquer apoio policial, dado o impacto negativo na circulação e na cadência do serviço que se pretende implementar”.

Já a 12 de junho, a Metro do Porto garantiu à Lusa que “todo o projeto do metrobus” foi feito em articulação com a Câmara do Porto e que a inversão de marcha na rotunda da Boavista foi testada antes do arranque da empreitada.

“A 10 de janeiro de 2023, ainda antes do arranque da obra, fez-se um teste à inversão de marcha [junto à rotunda da Boavista] com um autocarro articulado da STCP, no qual estiveram presentes elementos da Câmara do Porto”, afirmou a empresa à Lusa.

A 30 de janeiro de 2023, na apresentação da empreitada que foi noticiada pela Lusa e pela autarquia, foi indicada a “introdução de uma microrrotunda em frente à Casa da Música, necessária para que o autocarro a hidrogénio do metrobus faça a mudança de sentido em 30 segundos”, como uma das “principais novidades” face ao que tinha sido revelado sobre o projeto.

Num vídeo disponibilizado na página oficial da autarquia, Moreira afirmou que a câmara andou a “afinar o projeto com o presidente da Metro” e “a solução original que previa que o veículo tivesse de contornar a rotunda da Boavista afinal não foi necessária”.

O metrobus vai ligar a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) e tem previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e no segundo Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Os veículos do serviço serão autocarros a hidrogénio visualmente semelhantes aos do metro convencional e construídos por 29,5 milhões de euros por um consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar, incluindo a infraestrutura de alimentação.

A obra do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.

observador

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